A responsabilidade criminal do empresário é um aspecto crucial que deve ser compreendido e gerido com cuidado. No Brasil, os empresários podem ser responsabilizados criminalmente por diversas condutas ilícitas, que vão desde fraudes fiscais até crimes ambientais. Como exemplos:
A sonegação de impostos é um dos crimes mais comuns entre empresários (“Fraude Fiscal”). A prática de omitir receitas, falsificar documentos fiscais ou utilizar artifícios para reduzir a carga tributária pode resultar em pesadas multas e até mesmo em prisão. O empresário Carlos Ghosn, ex-CEO da Renault-Nissan foi preso no Japão em 2018 acusado de subestimar seus rendimentos em declarações de impostos.
Empresas que operam em setores que impactam o meio ambiente, como indústrias e agronegócios, devem estar atentas às legislações ambientais (“Crimes Ambientais”). O descumprimento dessas normas pode levar a sanções severas, incluindo a responsabilidade criminal dos gestores.
A utilização de recursos provenientes de atividades ilícitas para integrar o sistema financeiro legal é um crime grave (“Lavagem de Dinheiro”). Empresários que se envolvem em esquemas de lavagem de dinheiro podem enfrentar penas rigorosas, além de danos irreparáveis à sua reputação, como no caso da advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra, acusada deste crime.
A violação de direitos trabalhistas, como a exploração de trabalho infantil ou condições análogas à escravidão, também pode acarretar responsabilidade criminal (“Crimes Trabalhistas”). É essencial que os empresários garantam condições dignas de trabalho para evitar problemas legais.
O envolvimento em práticas corruptas, como o pagamento de propinas para obter vantagens indevidas, é um risco significativo (“Corrupção”). A legislação brasileira tem se tornado cada vez mais rigorosa nesse aspecto, e as penalidades podem incluir longas penas de prisão. Um exemplo é o do empresário brasileiro Eike Batista. Ele já foi considerado o homem mais rico do Brasil pela revista Forbes, mas foi condenado a 30 anos de prisão.
Para mitigar esses riscos, é fundamental que os empresários adotem uma postura ética e transparente na gestão de seus negócios. Investir em compliance, realizar auditorias regulares e manter-se atualizado sobre as legislações vigentes são medidas essenciais para evitar a responsabilidade criminal e garantir a sustentabilidade da empresa
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Por Fernando de Oliveira Penteado Cavalheiro