A Reforma Tributária brasileira está trazendo mudanças significativas para diversos setores, e a arquitetura não ficou de fora. Com a nova regulamentação, os serviços de arquitetura e urbanismo poderão enfrentar alterações na carga tributária, impactando diretamente profissionais autônomos, escritórios de arquitetura e empresas do setor.
A principal mudança está na introdução do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que substituirá tributos como PIS, Cofins, ISS e ICMS. No entanto, nem todos os arquitetos pagarão menos impostos. A tributação dependerá do Regime Tributário adotado – Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real – e da possibilidade de utilização de créditos tributários para reduzir os valores a pagar.
Muitos arquitetos hoje optam pelo Simples Nacional (com alíquota inicial de 6%), mas a reforma pode tornar esse regime menos competitivo, já que ele não gera créditos para as empresas contratantes, o que pode levar clientes corporativos a preferirem prestadores em outro regime. Pequenos escritórios precisarão realizar simulações tributárias para entender se o Simples ainda é vantajoso ou se migrar para o Lucro Presumido pode ser mais estratégico. Além disso, como a tributação sobre serviços será maior, os escritórios precisarão reajustar seus preços para manter a rentabilidade, o que pode afetar a demanda e tornar o setor ainda mais competitivo. Para minimizar os impactos, uma alternativa pode ser incorporar serviços passíveis de crédito tributário, como consultorias especializadas ou até a venda de produtos vinculados ao projeto, equilibrando os custos sem perder clientes.
Escritórios que, além de projetar, executam obras (incorporação, reformas, design-build) enfrentarão uma situação diferente. O impacto da reforma será menor para aqueles que atuam também na execução, pois materiais de construção gerarão crédito tributário, reduzindo o impacto do IBS/CBS. No entanto, para quem trabalha exclusivamente com projetos e consultoria, a carga tributária será maior, sem muitas possibilidades de abatimento.
Com essas mudanças, cada tipo de profissional e empresa precisará avaliar qual a melhor estratégia para se manter sustentável e competitivo. Arquitetos autônomos devem analisar se vale a pena permanecer no Simples Nacional ou migrar para outro regime. Escritórios pequenos serão os mais afetados pelo aumento da alíquota e precisarão buscar formas de reduzir impactos. Empresas de médio e grande porte poderão se beneficiar do crédito de insumos, mas terão que revisar a precificação de seus serviços. Já escritórios que também executam obras terão um impacto menor, pois poderão compensar impostos pagos em materiais.
Precisa de suporte jurídico especializado para otimizar a tributação do seu escritório de arquitetura? A BRG Advogados conta com uma equipe experiente em direito tributário e empresarial, ajudando arquitetos e empresas do setor a reduzirem a carga tributária e garantirem total conformidade com a legislação. Não hesite em entrar em contato conosco para compreender como podemos auxiliá-lo a aproveitar essas novas oportunidades. Mantenha-se sempre atualizado e bem-informado sobre as mais recentes mudanças na legislação.
Fonte: Gov.br