ESG, LGPD e Reforma Fiscal devem ter crescimento em 2022

O avanço na adoção de práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, nas sigla em inglês) pelas empresas, a adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), projetos de infraestrutura e a reforma tributária devem ser pautas prioritárias em grandes escritórios de advocacia e garantir, neste ano, aumento na receita, a exemplo do que ocorreu em 2021. No ano passado, as bancas conseguiram elevar o faturamento de 10% a 20%, na comparação com 2020.

O ano de 2021 foi “notável” em volume de assessorias em fusões e aquisições (M&A) e aberturas de capital (IPOs). O ritmo intenso no mercado de capitais, afirmam, teve participação relevante no crescimento registrado no ano passado.

Para este ano, apesar da alta inflação, da forte elevação da taxa de juros e de incertezas políticas decorrentes de ano eleitoral, dirigentes de escritórios acreditam que, pelo menos no primeiro semestre, o movimento de operações e investimentos deve se manter aquecido, mas não no patamar do ano passado.

As empresas estão capitalizadas e buscando targets, o foco na área empresarial será grande, a despeito do contexto de incertezas, a taxa de câmbio oferece oportunidades para o investidor estrangeiro. A diferença do dólar frente ao real reflete em custo de investimento baixo no Brasil. Para quem for esperto do ponto de vista de investimento estrangeiro, esse será um momento interessante de colocar dinheiro no Brasil.

Neste ano, com a expectativa de um ritmo no mercado de capitais menos intenso, devem prevalecer outras áreas. Infraestrutura, a adequação das empresas à LGPD e a implantação das práticas ESG são algumas delas.

Há uma preocupação efetiva na implantação dessa agenda, que exige uma equipe interdisciplinar no escritório. Muita consulta sobre o assunto, inclusive do ESG voltado ao mercado financeiro.

Em discussão no Congresso, a reforma tributária foi em 2021 – e será neste ano – um ponto comum de atenção nas grandes bancas, especialmente por causa da proposta de tributação de dividendos. No Senado, o assunto está na agenda de prioridades.

Por: Valor

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